ULTRASSONOGRAFIA
Numa gestação de risco habitual o número ideal de ultrassonografias é de cinco a seis exames.
O que eles verificam: quantidade de embriões, localização da gravidez, tempo de gestação.
Ultrassom #1 Quando fazer :
Entre 5 e 8 semanas. O primeiro é por via transvaginal, para obter melhor visualização, já que, nesse período, o feto mede em torno de cinco milímetros. Nesse primeiro ultrassom, verificam-se quantos bebês estão se desenvolvendo e, a partir da 6ª semana, já é possível ouvir o coração. Em alguns casos, acontece de o profissional não conseguir ver o feto ou ouvir os batimentos cardíacos, o que é um indício de que a mulher esteja grávida há menos tempo do que imagina – e que precisará repetir o exame dentro de sete a dez dias. Se você estiver esperando gêmeos, dá para ver se eles dividem a mesma placenta ou se estão se desenvolvendo separadamente (o que determina se serão idênticos ou não). Outro ponto importante é ver se a criança está localizada no útero ou nas trompas. Também é no comecinho da gravidez o melhor momento para medir com precisão a idade do feto, pois, nessa fase, a margem de erro varia de cinco a sete dias. Fazendo a medição no segundo trimestre, ela aumenta para 15 dias e, no terceiro, para 30 dias.
Ultrassom #2 Quando fazer :
Entre 11 e 14 semanas
O que ele verifica: anatomia do feto, risco de doença genética, translucência nucal
Trata-se de uma ultrassonografia mais detalhada, que analisa a formação dos órgãos e de toda a estrutura do feto. Nela, realiza-se a translucência nucal, quando os médicos medem o espaço na região do pescoço para determinar problemas cromossômicos, como a síndrome de Down. O resultado desse procedimento é inserido em um software, junto com outros dados, como a idade da mãe e antecedentes de doença genética na família, para calcular a porcentagem de risco de doenças cromossômicas.
O sexo do bebê só pode ser determinado com segurança, por meio do ultrassom, a partir da 16ª semana. Por isso, é normal que as mães realizem mais um exame nesse intervalo.
Ultrassom #3 Quando fazer :
Entre 20 e 24 semanas
O que ele verifica: o sexo do bebê com precisão, risco de má formação e de doença genética, condições da placenta e do líquido amniótico
No ultrassom morfológico do segundo trimestre é feita uma avaliação mais completa do bebê. Identifica-se a existência de diversos tipos de más-formações, desde lábio leporino até cardiopatias e problemas renais – estima-se que 80% desses distúrbios possam ser detectados com esse exame. Realiza-se também uma avaliação preliminar das condições da placenta, com o recurso do doppler, que avalia a circulação sanguínea. Caso os nutrientes não estejam passando da mãe ao feto como deveriam, o crescimento do bebê pode ser prejudicado. Observa-se também se o líquido amniótico está em boas condições.
Uma complementação do terceiro exame é realizada via transvaginal, para medir com exatidão o colo do útero. É desse modo que se avalia o risco de parto entre a 26ª e 30ª semana, que é o período mais preocupante de antecipação do nascimento. Quanto mais curto é o colo do útero, maior a chance de o bebê nascer prematuro. Desse modo, o médico tem tempo de colocar a mulher em repouso e prescrever a medicação adequada para evitar o problema.
Ultrassom #4 Quando fazer :
Entre 28 e 32 semanas
O que ele verifica: crescimento e peso do bebê, funcionamento e localização da placenta
Este último ultrassom é chamado de obstétrico com Doppler e seu foco é o crescimento do bebê e avaliação do funcionamento da placenta. Ele também descarta algumas formações de diagnóstico tardio, como a hidrocefalia. Nesse exame final, a placenta recebe atenção especial. Avalia-se com mais detalhes a circulação de sangue por meio dela: se for inferior ao esperado, há chances de que o parto precise ser adiantado. Além disso, a partir da 26ª semana, espera-se que a placenta já esteja em sua posição definitiva, afastada do cólo do útero, que é por onde o bebê vai sair. Quando ela está obstruindo esse orifício, é chamada de placenta prévia” e pode impedir o parto normal, além de ser um fator de risco para sangramentos.
Ultrassom #5 Quando fazer :
Entre 37 e 38 semanas
O que ele verifica: crescimento e peso do bebê, funcionamento placentário, posicionamento, liquido amniótico, circulares de cordão.
Ultrassom #6 Quando fazer:
Entre 40 e 41 semanas
O que ele verifica: crescimento e peso do bebê, funcionamento e localização da placenta e bem estar fetal para avaliar necessidade de intervenção ou aguardar trabalho de parto com mais segurança. Outros exames poderão ser realizados de acordo com a evolução de cada gestação.
Dicas para um bom exame
- Vá acompanhada ao primeiro exame. É muito bom ter alguém ao seu lado para dividir a ansiedade e a alegria de ver seu bebê pela primeira vez.
- Evite levar crianças nos primeiros exames. Ainda que a possibilidade de descobrir que algo não vai bem seja baixa, é melhor evitar surpresas.
- Já nos últimos exames é até recomendado levar os irmãos, como uma maneira de aumentar a afetividade entre eles.
- Recomenda-se que a mãe alimente-se uma hora antes do exame. Isto proporcionará que o bebê se movimente mais na barriga.
- Para os ultrassons transvaginais, é bom estar com a bexiga vazia.